Ao longo dos anos, a
Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) tem desempenhado
um papel essencial na formação de crianças e adolescentes missionários,
incentivando-os a viver e testemunhar a fé desde cedo. Essa obra missionária,
fundada em 1843 pelo bispo francês Dom Carlos de Forbin-Janson, nasceu com a
missão de ensinar às crianças a importância da solidariedade e do amor ao
próximo, promovendo o lema: “Crianças ajudam e evangelizam crianças”. Desde
então, vários papas têm reconhecido o valor desta Obra, oferecendo mensagens de
incentivo e apoio ao trabalho da IAM. Em cada uma dessas palavras, encontramos
um apelo constante para que os pequenos sejam também discípulos missionários,
levando a mensagem de Cristo ao mundo.
O reconhecimento de Pio XI e o marco da IAM como
Pontifícia Obra Missionária
Em 1922, o Papa Pio XI
concedeu à Infância Missionária o título de Pontifícia Obra Missionária,
reafirmando a importância da missão desde a infância. Segundo Pio XI, a IAM era
uma Obra que permitia à Igreja envolver as crianças na vida missionária,
formando nelas um espírito de fraternidade e compaixão. Esse reconhecimento foi
um marco que abriu caminhos para que a IAM se tornasse uma grande rede de
evangelização em todo o mundo.
São João Paulo II e a alegria de evangelizar
São João Paulo II sempre
teve um carinho especial pela Infância e Adolescência Missionária e, em
diversas ocasiões, incentivou as crianças a se tornarem “pequenos apóstolos”.
Em uma carta escrita em 2003, por ocasião dos 160 anos da IAM, ele afirmou:
“As crianças e os adolescentes são verdadeiros protagonistas da
missão evangelizadora da Igreja. [...] Que, desde a infância, possam conhecer a
alegria de dar e partilhar, sendo pequenos missionários na Igreja e no mundo.”
João Paulo II valorizava
o papel das crianças e adolescentes como evangelizadores e acreditava que o
testemunho delas poderia influenciar positivamente suas famílias e comunidades.
Para ele, a IAM era um espaço onde os pequenos missionários aprendiam a
importância da paz, da justiça e do amor ao próximo.
Bento XVI: uma semente de esperança e fé
O Papa Bento XVI também
incentivou o trabalho missionário das crianças e, durante o Dia Mundial das
Missões de 2006, destacou a IAM como uma oportunidade de formar jovens
comprometidos com a missão de Cristo. Ele afirmou:
“Que as crianças sejam sementes de fé e esperança, que testemunhem
com simplicidade o amor de Jesus em suas famílias e comunidades.”
Bento XVI acreditava que
a IAM era uma “escola de valores cristãos”, onde as crianças aprendiam a
partilhar e a amar desde cedo, tornando-se testemunhas vivas do Evangelho em
seus ambientes. Em sua mensagem de 2008 para o Dia Mundial das Missões, ele
reforçou essa visão:
“A Pontifícia Obra da Infância Missionária, que encoraja as
crianças a ajudar outras crianças em todo o mundo, é um sinal da presença
amorosa de Deus.”
Francisco: os pequenos missionários como
discípulos de Jesus
O Papa Francisco, com
seu carisma pastoral, tem dedicado palavras de encorajamento à IAM,
reconhecendo a importância das crianças como evangelizadoras e agentes de paz.
Em sua carta especial para o 170º aniversário da IAM, em 2013, ele destacou o
protagonismo das crianças na missão da Igreja:
“A Obra da Infância Missionária é uma escola de fé e generosidade.
[...] É uma obra que ajuda as crianças a crescerem com uma mentalidade aberta
ao mundo e aos irmãos e irmãs de outras nações e continentes.”
Francisco também
reforçou a importância da IAM em diversos momentos. Em 2014, no Dia Mundial da
Infância e Adolescência Missionária, ele exclamou:
“Hoje
celebramos a Epifania e também o Dia Mundial da Infância Missionária. Encorajo
todas as crianças e adolescentes que participam nesta obra missionária a serem
pequenas luzes de esperança e paz entre seus amigos e familiares.”
Em 2017, ele reafirmou
essa missão das crianças como pequenas discípulas:
“Neste Dia Mundial da Infância Missionária, quero agradecer a
todas as crianças e adolescentes que se empenham em ser missionários entre os
seus, levando a todos o amor de Jesus. Vocês nos mostram que a missão não tem
idade e que todos nós podemos testemunhar o amor de Cristo.”
Essas palavras de Francisco destacam o valor da IAM em formar crianças comprometidas com o amor e a compaixão, sendo “pequenos discípulos missionários” que, com gestos simples, refletem a misericórdia de Deus e levam o Evangelho ao mundo.
A Missão da IAM como sinal do amor de Deus
O apoio contínuo dos papas à Infância e Adolescência Missionária nos mostra que essa Obra é mais do que um projeto missionário, é uma verdadeira expressão do amor de Deus, que ensina crianças e adolescentes a serem protagonistas na construção de um mundo mais justo e fraterno.
A IAM é uma ponte de solidariedade que une crianças de diferentes lugares, culturas e contextos, despertando nelas o desejo de cuidar umas das outras e de levar a mensagem de Jesus a todos os cantos.
Essas mensagens dos papas reforçam que, ao serem missionárias desde a infância, as crianças se tornam testemunhas vivas do Evangelho, fazendo parte ativa da grande missão da Igreja. A IAM permanece, portanto, uma Obra vital que forma pequenos corações cheios de amor e esperança, prontos para transformar o mundo com a simplicidade e a pureza do Evangelho.
De todas as crianças e adolescentes do mundo,
sempre amigos!