Religioso da Congregação passionista, viveu discretamente,
sem chamar a atenção sobre si, e faleceu com apenas 24 anos, vitimado pela
tuberculose. Sua fama de santidade, confirmada por numerosos milagres,
rapidamente se espalhou.
Nasceu no dia 01 de março de 1838 recebeu o nome de Francisco
Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês
Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de
Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito
anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado
Pontifício, precisava mudar de residência com frequência, sempre que suas funções
se faziam necessárias em outro polo católico.
Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e
acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus
Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua
espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem
Dolorosa.
Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo
o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua
grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após
emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina
para completar os estudos filosóficos.
Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha
do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e
quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da
Itália.
São Gabriel das Dores era uma pessoa alegre, sempre bem
humorada e a todos cativava com sua simpatia e simplicidade de alma. Ao morrer
deixou em mãos de seu diretor espiritual um diário, uma espécie de
autobiografia que infelizmente foi destruído. Dele chegou até nós apenas um
caderno com anotações de aula, uma coleção de pensamentos sobre Nossa Senhora e
cerca de 40 cartas repletas de poesias e pensamentos de devoção a Nossa Senhora
das Dores.
Faleceu na ilha do “Gran Sasso”, vítima de tuberculose, no
dia 27 de fevereiro de 1862, aos 24 anos de idade. Foi canonizado por Bento XV
em 1920. Mais tarde Pio XI o nomeou co-patrono da Ação Católica. Para muita
gente hoje, pode parecer um enorme paradoxo alguém ser devoto de Jesus
Crucificado e de Nossa Senhora das Dores e ser uma pessoa alegre, otimista, bem
humorada. Entretanto ninguém que, a exemplo de São Gabriel das Dores, acredita
que foi redimido e salvo pelo sangue de Jesus derramado na cruz, tem o direito
de render-se ao desânimo e à tristeza. Falo é claro, da alegria que não é
dissipação, do otimismo que não é alienação, do bom humor que não é fruto de
conformismo e ingenuidade, mas que se apoiam nas palavras daquele que disse:
Alegrai-vos. Coragem. Não tenham medo. Eu venci o mundo!
O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta
de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais
procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais
conhecido entre os devotos como o “Santo do Sorriso”, caracteriza a genuína
piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o
coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e
se ligar a Deus e à Virgem Mãe.