Almas do Purgatório

QUAIS SÃO AS ALMAS DO PURGATÓRIO?

As almas de cujo povo morreram na amizade com Deus, mas ainda com imperfeições que devem ser purificadas, são assim chamadas. Onde eles estão?

Para entender quem na Igreja Católica são chamados de benditas almas do Purgatório, é necessário saber o seguinte:

Quando alguém morre, aqueles que vão apresentar condolências aos enlutados, muitas vezes dizem, para consolá-los, que seu falecido: “já está no céu”, mas não podem dizer isso realmente. Fora os santos, em que consta porque Deus concede milagres por sua intercessão para confirmá-lo, não podemos assegurar a ninguém que ele está no céu.

“Mas se o falecido era gente realmente boa, como não poderia estar no céu!”, alguém dirá.

Duas coisas podem ser respondidas a isso: a primeira é que não podemos julgar apenas pelas aparências. Vemos apenas o exterior, mas o Senhor conhece o interior.

Vemos as obras de alguém e pensamos que com certeza foi para o céu sem tocar nas grades, mas Deus, que vê os sentimentos, apegos e pecados mais ocultos, pode considerar que essa pessoa ainda tem muito a purificar.

A segunda é que não basta ser 'gente boa' para entrar no céu, é preciso ser santo!

 

A ROUPA DE FESTA

E não é qualquer coisa para poder desfrutar para toda eternidade a felicidade plena, na presença de Deus, na companhia de Maria e de todos os santos e santas! Não podemos ter acesso a tal prêmio e companhia assim!

Como naquela parábola que Jesus contou, sobre o rei que convidou todos para seu banquete, mas correu para aquele que não estava com roupa de festa (ver Mt 22,1-14), assim também a alma ainda imperfeita não será admitida no céu.

E se alguém perguntar intrigado: 'Como não vamos todos para o céu? Mas Deus é tão misericordioso! ' Você tem que responder: Sim, mas também é justo. E embora, como diz a primeira leitura, Ele aparenta "não ver os pecados dos homens, para lhes dar oportunidade de arrependimento" (Sb 11,23), chegará o dia em que julgará a cada um "segundo as suas obras" (Rom 2, 6).

 

AS ÚNICAS TRÊS POSSIBILIDADES

Cedo ou tarde, todos enfrentaremos o julgamento de Deus e haverá três possibilidades:

No caso excepcional de alguém que morre em estado de graça, e tendo purificado neste mundo o que tinha que purificar, sua alma irá direto para o céu. Foi o que aconteceu com João Paulo II e Teresa de Calcutá.

No extremo oposto, está o outro caso, que eu gostaria também de ser excepcional, de alguém que, estando em pecado mortal (uma ofensa grave cometida com pleno conhecimento e pleno consentimento), morre sem arrependimento ou reconciliação com Deus. Ele não o forçará a passar a eternidade em Sua companhia. Ele irá para a condenação eterna, para a mais terrível solidão e escuridão.

 

AS ALMAS DO PURGATÓRIO

Mas no meio há uma terceira possibilidade: a de alguém que morre em amizade com Deus, mas ainda com apegos e imperfeições que devem ser purificados, e a culpa que deve ser expiada. Sua alma passará pelo 'Purgatório', que não é propriamente um lugar, mas um processo que a preparará para entrar no céu. Estas são as almas do Purgatório.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que a existência do Purgatório é uma 'verdade da fé' revelada pelo Espírito Santo e sustentada na Sagrada Escritura do qual, como católicos, não podemos duvidar.

Muitos santos e santas tiveram permissão de ver o Purgatório em visão, e dizem que embora ali as almas gostem de saber que irão para o céu (passaram, como dizem os alunos, raspando), sofrem muito porque queriam ver Deus.

As almas do Purgatório não podem sair sozinhas, mas podemos ajudá-las, rezando por elas e oferecendo missas, indulgências, rosários. Com efeito, a Igreja dedica todo o mês de novembro à oração pelas almas do Purgatório.

Sua purificação é semelhante ao que acontece quando um artesão põe um metal precioso no fogo. Você fica de olho e sabe que está pronto quando pode se ver o material refletido. O mesmo ocorre com as almas do Purgatório. Aquele que os criou à Sua imagem e semelhança, aí os esclarece, até que recuperem a sua pureza e possam ser vistos refletidos neles.

Fonte: Desde la fe


A Infância e Adolescência Missionária (IAM) é uma Obra Pontifícia fundada em 19 de maio de 1843, por Dom Carlos Forbin-Janson. Presentes nos cinco continentes, as crianças e adolescentes missionários cultivam o espírito missionário universal, recitando uma Ave Maria por dia e doando um dinheiro por mês.