A Irmã Rafaela Toniolo iniciou à acolhida dos
participantes ao encontro de hoje que iniciou com uma encenação da passagem bíblica
do encontro de Jesus com a Samaritana. Esteve presente vários segmentos da comunidade:
Imaculado Coração de Maria, São Camilo de Léllis, São Francisco, São José de
Anchieta, Nossa Senhora da Penha, Santo Antônio, São José, São Pedro e Nossa
Senhora de Aparecida.
A formação teve como palestrante Nathan Gallão para nos transmitir sobre o Documento 107 “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários” que foi aprovado na 55ª Assembleia Geral da CNBB, realizada de 26 de abril a 5 de maio de 2017. É fruto de um processo participativo de redação que culminou com novas emendas e a aprovação de todos os bispos na Assembleia Geral.
Brevemente
apresentou um “raio x” desse Documento, que possui quatro capítulos.
Capítulo 1 – Um ícone bíblico: Jesus e a Samaritana
Este belo
capítulo apresenta o encontro de Jesus com a Samaritana. Convida o leitor a
contemplar esse encontro transformador, que ilumina as reflexões sobre a
Iniciação à Vida Cristã (IVC):
-
Primeiro passo: o encontro - “Dá-me de beber” (Jo 4,7).
- Segundo
passo: o diálogo - “Se conhecesses o dom de Deus” (Jo 4,10).
-
Terceiro passo: conhecer Jesus - “Quem beber da água que eu lhe darei, nunca
mais terá sede” (Jo 4,14).
- Quarto
passo: a revelação - “Sou eu, que falo contigo” (Jo 4,26).
- Quinto
passo: o anúncio - “Vinde ver... Não será ele o Cristo?” (Jo 4,29).
- Sexto
passo: o testemunho - “Nós mesmos ouvimos e sabemos... é o Salvador do mundo”
(Jo 4,42).
Capítulo 2 – Aprender da história e da realidade: Ver
O
capítulo descreve o processo de IVC ao longo da história, apresenta o caminho
que já conseguimos fazer através da publicação de vários documentos importantes
sobre a temática. Insiste na urgência de um novo processo de IVC, diante do
momento de crise que vivemos neste mundo em mudança. Destaca, com um olhar
pastoral, aspectos da realidade que desafiam o anúncio do evangelho. No final,
propõe um caminho a ser percorrido neste tempo de conversão pastoral que nos
pede gestação permanente, sem nos apegarmos a um único modelo. Apresenta a
inspiração catecumenal como uma dinâmica, uma pedagogia, um itinerário mistagógico
para a transmissão da fé.
Capítulo 3 – Discernir como Igreja: Iluminar
Este
capítulo é o coração do documento. Começa lembrando que a IVC é a articuladora
das urgências da ação evangelizadora. Depois, prossegue com uma ampla reflexão
sobre a IVC com inspiração catecumenal:
-
Iniciação: mergulho pessoal no mistério de Deus (n. 77 a 82).
-
Iniciação à vida cristã: mergulho no mistério de Cristo (n. 83 a 87).
-
Dimensões teológicas da Iniciação à Vida Cristã (n. 88 a 104).
O
capítulo apresenta, ainda, o sujeito indispensável à IVC que é a comunidade
cristã, abordando a imersão no mistério de Cristo, mediante a Igreja:
- A
Igreja: uma comunidade querigmática e missionária (105 a 111).
- A
Igreja: uma comunidade mistagógica e materna (112 a 115).
Na
sequência, o capítulo descreve o processo de inspiração exposto no Rica. E, faz
uma reflexão sobre os sacramentos da Iniciação à Vida Cristã. E, conclui
afirmando que a vivência cristã é fruto da iniciação.
Capítulo 4 – Propondo caminhos: Agir
É o
capítulo que apresenta propostas para um Projeto Diocesano de Iniciação
à Vida Cristã. Faz indicações para cada tempo de um processo de inspiração
catecumental: Querigma, Catecumenato, Purificação e Iluminação, Mistagogia.
Insiste
que o processo precisa de acompanhamento e formação dos agentes da IVC,
acentuando a centralidade da Palavra de Deus nesse processo formativo.
O
capítulo também trata das instâncias formativas e dos sujeitos da IVC,
destacando que a mesma não é tarefa específica da catequese, mas envolve,
comunidade, família, liturgia, entre outros.
Na
conclusão do documento, os bispos dizem ser urgente construir uma Igreja, casa
da Iniciação à Vida Cristã. Para que isso aconteça, é preciso:
a)
formação continuada da comunidade, dos ministros ordenados e dos catequistas;
b)
compreensão da importância da IVC na ação evangelizadora;
c)
valorização da dimensão litúrgica;
d)
pastoral de conjunto e projetos pastorais;
e)
promoção da unidade dos sacramentos de Iniciação à Vida Cristã;
f)
articulação entre o processo de IVC e missão da comunidade eclesial.
A CNBB preparou um material para facilitar as formações e
estudos do Documento 107. Os arquivos em formato PowerPoint, estão disponíveis
no link abaixo: