A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) foi
fundada por Dom Carlos Forbin-Janson, Bispo de Nancy, França, em 19 de maio de
1843. Carlos Forbin Janson sempre se interessou muito pela realidade e
evangelização dos povos. Já na adolescência manteve estreita ligação com os
missionários da China. Seu desejo era ir à China e ser missionário com os
missionários.
Era frequente receber cartas como estas, da qual copiamos estas passagens: “Encontro-me rodeado, mesmo sem saber como, de uma dezena de crianças, umas de peito, outras de dois, três, quatro anos de idade, algumas cobertas de sarna, outras, de feridas. Os pobrezinhos já não têm o que comer e se cansam de chorar. É preciso conseguir comida para eles, e pagá-la... Enquanto isso, para não morrerem de fome, vejo-me obrigado a preparar-lhes eu mesmo um prato de farinha e açúcar, depois tento arranjar-lhes roupa, medicá-los, lavá-las, dar-lhes um teto, enfim, fazer às vezes de uma mãe... Deus concede-me As forças para sustentar tantas crianças, mas, se u não for ajudado com alguma esmola, morrerei com eles”. "(...) falando de batizados, refiro-me a adultos. Na realidade, balizamos muitas crianças que são expostas diariamente nas ruas (...). Para nós, uma das primeiras preocupações é mandar todas as manhãs nossos catequistas para todos os arredores da cidade e batizar as crianças que ainda estão vivas. De 20 a 30 mil que são expostas cada ano, nossos catequistas conseguem batizar cerca de três mil".
De posse de informações a respeito do sofrimento de milhares de crianças, o bispo teve a inspiração de convocar as crianças católicas para se organizarem com o objetivo de prestar socorro às crianças nas mais tristes situações.
Dom Carlos tinha em mente
visitar uma após a outra as nações da Europa, pregando esta nova cruzada de
batismo, educação e resgate das crianças chinesas, e, uma vez garantida a Obra,
embarcar ele próprio para aquele país, onde esperava que Deus lhe
desse a graça de misturar seu sangue ao sangue dos outros mártires. Mas,
esgotado com tanta atividade, sua saúde não resistiu, enquanto sua Obra se ia
difundindo. No dia de sua morte repentina, em 11 de julho de 1844, a Obra da
Santa Infância estava estabelecida em 65 dioceses. Hoje a IAM está
presente em todos os continentes, em mais de 130 países.
EM 1922, o Papa Pio XI a declarou Pontifícia, isto é, do Papa, e, portanto, de toda a Igreja, juntamente com as obras missionárias da Propagação da Fé e de São Pedro Apóstolo, às quais uniu-se, em 1956 (Pio XII), a União Missionária, constitui-se as Pontifícias Obras Missionárias. No Brasil, ela foi trazida por missionários franceses, em 1958. A partir de 1993, nas comemorações dos 150 anos de fundação, sua "chama ainda fumegante" readquiriu novo ardor, organizando-se e difundindo-se em todo o país.
Em 2003, por ocasião dos 160 anos da fundação da Obra Pontifícia da Infância Missionária, Sua Santidade, o Papa João Paulo II enviou às crianças do mundo inteiro uma mensagem. Nela, entre outras coisas, recordava: "Na primeira metade do século 19, a Europa viveu uma grande expansão missionária, e a Igreja, consciente do potencial missionário da infância, começou a pedir a elas que se tornassem protagonistas no anúncio do Evangelho às outras crianças. (...) Em pouco tempo, esta iniciativa missionária de apoio material e espiritual ultrapassou as fronteiras da França e espalhou-se por outros países..."
Objetivos
Desde a segunda metade do século 19 até os nossos dias, graças à atividade de educadores com espírito missionário, centenas de milhares de crianças foram sensibilizadas e comprometeram-se nesse movimento de solidariedade universal.
Uma Obra aberta ao mundo inteiro
Embora a Obra tenha nascido
para socorrer a triste situação das crianças chinesas, logo abriu seus
horizontes para o mundo inteiro. O resgate, o batismo, o sustento e a educação
das crianças dos povos que não conhecem Jesus Cristo foram, desde o início, os
objetivos da Infância e Adolescência Missionária. Um plano ambicioso: prestar
todos os socorros materiais, morais, intelectuais e religiosos de que
necessitam as crianças de todos os lugares, culturas, raças e crenças.
Organização da Infância e Adolescência Missionária
4º PAROQUIAL: Nas Paróquias o
pároco é o coordenador e primeiro animador. Pode nomear um responsável
paroquial da Infância e Adolescência Missionária. Esta organiza-se em grupos,
que devem funcionar muito unidos entre si e com toda a ação evangelizadora, na
paróquia, na diocese, no Brasil e em comunhão com todos os países.
Estatuto da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária
Art. 18. As quotas e donativos das
crianças dos diversos continentes, constituem o Fundo Universal de
Solidariedade da Santa Infância para ajudar ás instituições e
atividades em favor das crianças em territórios de missão.
Era frequente receber cartas como estas, da qual copiamos estas passagens: “Encontro-me rodeado, mesmo sem saber como, de uma dezena de crianças, umas de peito, outras de dois, três, quatro anos de idade, algumas cobertas de sarna, outras, de feridas. Os pobrezinhos já não têm o que comer e se cansam de chorar. É preciso conseguir comida para eles, e pagá-la... Enquanto isso, para não morrerem de fome, vejo-me obrigado a preparar-lhes eu mesmo um prato de farinha e açúcar, depois tento arranjar-lhes roupa, medicá-los, lavá-las, dar-lhes um teto, enfim, fazer às vezes de uma mãe... Deus concede-me As forças para sustentar tantas crianças, mas, se u não for ajudado com alguma esmola, morrerei com eles”. "(...) falando de batizados, refiro-me a adultos. Na realidade, balizamos muitas crianças que são expostas diariamente nas ruas (...). Para nós, uma das primeiras preocupações é mandar todas as manhãs nossos catequistas para todos os arredores da cidade e batizar as crianças que ainda estão vivas. De 20 a 30 mil que são expostas cada ano, nossos catequistas conseguem batizar cerca de três mil".
De posse de informações a respeito do sofrimento de milhares de crianças, o bispo teve a inspiração de convocar as crianças católicas para se organizarem com o objetivo de prestar socorro às crianças nas mais tristes situações.
Como fazer? Dom
Carlos conversou com Paulina Jaricot. Ela, quando jovem, tinha dado início à
Obra da Propagação da Fé. Ouvindo o plano de Dom Carlos, apoiou a ideia dele,
definiu essa iniciativa como "Obra da Propagação da Fé para as crianças".
Ela mesma expressou seu desejo de se alistar como primeira associada para a
divulgação da Obra.
Era preciso fazer
alguma coisa: Dom Carlos Forbin Janson resolveu convocar as crianças para
socorrer as crianças. Propôs às crianças da França que ajudassem outras
crianças, recitando uma Ave Maria por dia e doando um dinheiro por mês;
assim surgiu a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária.
Era, sem dúvida, a primeira vez que na história da Igreja se confiava às crianças um papel missionário específico: salvar as crianças inocentes, para fazer delas pequenos discípulos missionários.
Era, sem dúvida, a primeira vez que na história da Igreja se confiava às crianças um papel missionário específico: salvar as crianças inocentes, para fazer delas pequenos discípulos missionários.
Embora tenha
nascido para socorrer a triste situação das crianças chinesas, logo abriu seus
horizontes para o mundo inteiro. O resgate, o batismo, o sustento e a educação
das crianças dos povos que não conhecem Jesus Cristo foram, desde o início, os
objetivos da Infância e Adolescência Missionária. Um plano ambicioso: prestar
todos os socorros materiais, morais, intelectuais e religiosos de que
necessitam as crianças de todos os lugares, culturas, raças e crenças.
EM 1922, o Papa Pio XI a declarou Pontifícia, isto é, do Papa, e, portanto, de toda a Igreja, juntamente com as obras missionárias da Propagação da Fé e de São Pedro Apóstolo, às quais uniu-se, em 1956 (Pio XII), a União Missionária, constitui-se as Pontifícias Obras Missionárias. No Brasil, ela foi trazida por missionários franceses, em 1958. A partir de 1993, nas comemorações dos 150 anos de fundação, sua "chama ainda fumegante" readquiriu novo ardor, organizando-se e difundindo-se em todo o país.
Em 2003, por ocasião dos 160 anos da fundação da Obra Pontifícia da Infância Missionária, Sua Santidade, o Papa João Paulo II enviou às crianças do mundo inteiro uma mensagem. Nela, entre outras coisas, recordava: "Na primeira metade do século 19, a Europa viveu uma grande expansão missionária, e a Igreja, consciente do potencial missionário da infância, começou a pedir a elas que se tornassem protagonistas no anúncio do Evangelho às outras crianças. (...) Em pouco tempo, esta iniciativa missionária de apoio material e espiritual ultrapassou as fronteiras da França e espalhou-se por outros países..."
Por que Infância e
Adolescência?
Porque os
protagonistas são as crianças e adolescentes, que se dedicam em favor das crianças
do mundo inteiro, independentemente da cultura, raça ou religião. O nome
“Infância e Adolescência Missionária” vem de uma devoção existente então na
França: a infância do Menino Jesus. Por isto surgiu com o nome de “Santa
Infância”.
Por que Missionária?
Por que Missionária?
É missionária
porque educa as crianças no crescimento da fé, inserindo-as nas atividades
missionárias numa dimensão universal. Pelo compromisso do batismo, vivem
concretamente a experiência da partilha da fé e seus bens com todas as crianças
do mundo.
Por que é uma Obra Pontifícia?
Por que é uma Obra Pontifícia?
Porque se
diferencia de uma atividade apostólica transitória. Sua organização, a presença
em todo o mundo, pelo seu testemunho e eficiência, tendo sido aprovada e
assumida pelo Papa (Pio XI) como Obra evangelizadora a serviço de toda a
Igreja.
Qual a sua finalidade?
Qual a sua finalidade?
Tem como finalidade
suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo-lhes o
protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o
Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam crianças". São crianças
em favor de outras crianças.
Tomando como exemplo a vida
de Jesus e de seus discípulos, a Infância e Adolescência Missionária tem em
Maria, a mãe de Jesus, uma fiel testemunha da autêntica ação evangelizadora.
Inspira-se também em São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus,
Padroeiros das Missões. Ambos viveram ardentemente o carisma missionário
universal, doando suas vidas pelo anúncio do Evangelho.Objetivos
O fato de salvar da
morte certa e dar-lhes oportunidade de sobreviver e serem batizadas fez com que
o novo projeto de Dom Carlos despertasse a simpatia e acolhida, enquanto
expressão de caridade cristã e solidariedade universal.
Assim foram
definidos seus objetivos pelo fundador:
- salvar as crianças da miséria e da morte;
- salvar as crianças da miséria e da morte;
- batizá-las e
educá-las como cristãs;
- prepará-las para
serem apóstolos de outras crianças orientando-as na vocação e profissão.
Desde a segunda metade do século 19 até os nossos dias, graças à atividade de educadores com espírito missionário, centenas de milhares de crianças foram sensibilizadas e comprometeram-se nesse movimento de solidariedade universal.
Uma Obra aberta ao mundo inteiro
Organização da Infância e Adolescência Missionária
1º MUNDIAL: A Infância e
Adolescência Missionária é uma Obra Pontifícia, por isso o Papa é o primeiro
animador. O Cardeal da Congregação para a Evangelização dos Povos, representa o
Papa, e nomeia um Secretário Geral, em Roma, para ser o coordenador mundial da
Infância Missionária.
2º NACIONAL: Em cada país
existe uma Coordenação Nacional, que é presidida pelo Diretor Nacional das
Pontifícias Obras Missionárias.
3º DIOCESANA: Em cada
Diocese o Bispo é o principal animador. Ele convida uma pessoa para coordenar a
Infância e Adolescência Missionária na Diocese.
Estatuto da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária
Art. 13. A Pontifícia
Obra da Santa Infância (POSI) presta seu serviço ás Igrejas particulares com os
seguintes objetivos:
a) ajudar aos educadores
a despertar e desenvolver progressivamente nas crianças e adolescentes uma
consciência missionária universal, e conduzi-los a uma comunhão espiritual
e intercâmbio material de seus recursos com os coetâneos de outras
Igrejas, especialmente aquelas com mais necessidades. Todos têm algo que dar e
algo que receber e o lema para eles é: "crianças ajudam crianças";
b) contribuir
para a promoção e florescimento de vocações missionárias;
c) preparar animadores
missionários que acompanhem ás crianças em seu caminho rumo a uma consciência
missionária mais madura. Isto se realiza através de sua direta implicação e nas
formas que essa tarefa adote nos diversos países, de modo que as crianças se
convertam nos pequenos protagonistas das missões. A este fim se devem estabelecer
estruturas locais e regionais e levar adiante atividades adequadas a tal
implicação.
Art. 14. Visto que a
POSI têm um objetivo principalmente educativo, deve ter em conta em seus
métodos de formação missionária e em seus apelos á generosidade
os princípios pedagógicos mais idôneos para despertar a
consciência missionária das crianças. A ação educativa deve adaptar-se a sua
idade, a sua mentalidade, a seu ambiente e a sua capacidade. Seja utilizando
meios próprios, seja servindo-se das estruturas já existentes na catequese, a
POSI há de integrar-se sempre na pastoral de conjunto para a educação cristã, á
qual inclui a dimensão missionária.
Art. 15. A POSI organiza
cada ano uma Jornada Mundial, durante a qual atrai a atenção das crianças para
as necessidades espirituais e materiais dos mais pequenos de todo o
mundo. As crianças são animados a oferecer ás outras crianças do mundo sua
ajuda em forma de oração, de sacrifícios, de donativos, estimulando-lhes a
descobrir neles o próprio rosto de Jesus. Ao chamar sua atenção sobre as
necessidades das crianças pobres de bens materiais, não se deve deixar de por
de manifesto a riqueza de seus valores espirituais. Abrindo-se uns aos outros,
as crianças aprendem a conhecer-se e a querer-se como irmãos e deste modo se
enriquecem mutuamente.
Art. 16. Visto que a
educação das crianças deve realizar-se com métodos adequados a elas, é
necessário que os responsáveis da POSI, tanto no âmbito nacional como
diocesano, tenham a necessária competência teológica e catequética.
Art. 17. A idade das
crianças e dos adolescentes aos quais se dirige a POSI é estabelecida pelo
Conselho Nacional, em conformidade com a Conferência Episcopal e seguindo as
diretrizes do Conselho Superior.